Gráficos, sons e efeitos técnicos
Qual é o estado da arte atual no quesito gráficos no Playstation 3? Alguns podem dizer que é o Killzone 2. Ou o Metal Gear Solid 4. Ou para os fãs de Assassins Creed seja o jogo protagonizado por Altair, por causa da ambientação e da quantidade enorme de pessoas que você pode esbarrar ao andar numa ruela. E isso sem nenhuma queda de framerate. Ou alguns podem dizer que é o primeiro Uncharted. É uma pergunta difícil de responder, já que cada game citado neste parágrafo tem alguma coisa que eleva os padrões da parte técnica que os produtores alcançaram num console de ponta. Essa é a busca eterna dos produtores grandes e médios (que são financiados pelos grandes), que ao invés de buscar o casual e o inovador dos games curtos/puzzle e se preocupam com o poder das engines e das texturas, mesmo que usem fórmulas já batidas em outros games.
Na verdade temos aqui a fórmula de Tomb Raider: exploração de tumbas, saltos de plataformas, caminhar por florestas, rios, ambientes históricos. A adição mais interessante em Uncharted são os inimigos humanos, em maior quantidade que na série protagonizada por Lara Croft. Nessa parte o game dá um show de realismo, onde o Nathan e os inimigos falam, gesticulam…e atiram! Nessa parte alguns dos cenários são destrutíveis o que força você a procurar outro lugar pra se esconder dos tiros. E por falar em tiros, ao assistir os making-ofs do jogo os produtores contam que trabalharam na interação dos tiros nos cenários (balançando as folhas) e na água, onde é jorrado para cima realisticamente quando a bala colide com a superfície.
Ah, a água: pense na água molhando parte da roupa do personagem e secando com o passar dos minutos. Uncharted está no topo do quesito “água mais bonita que já se viu nos games do Playstation 3″. Só vendo pra conseguir acreditar no realismo que eles colocaram, onde em duas fases você controla um jet ski e vê a água se movimentando.
Jogabilidade
Outro ponto para este game, como comentado acima, é uma mistura de Tomb Raider com tiro em terceira pessoa. Nathan pode pular, nadar, se agarrar e se mover por precipícios e construções, escalar, usar cordas para alcançar o que quer. Sem contar a parte de quebra-cabeças, que não beiram ao complexo, mas que fazem a gente pensar um pouco para poder resolver.
Os movimentos são bem fluídos e a jogabilidade responde satisfatoriamente. Algumas vezes responde até melhor que em Tomb Raider Underworld. Só que aqui é o velho esquema: se cair ou errar, a possibilidade de morrer é grande. Só que o jogo se foca mais nos combates entre humanos e nesse quesito o Uncharted ganha de Tomb Raider, com sistema de coberturas para se proteger e o game ter mais vida. É muito melhor enfrentar gente do que animais comuns, como na série Tomb Raider, onde os inimigos humanos aparecem em apenas poucas fases.
Ainda na parte dos combates, a variedade de armas disponíveis é muito boa, apesar de podermos carregar apenas duas, e ainda podemos enfrentar os inimigos no mano a mano. Ou seja, tem de tudo um pouco. E pra juntar, ainda tem excelentes fases com veículos, como a do Jet-sky ou mesmo num Jipe.
História
Pra mim, o ponto alto e forte deste game, a história dele, Nathan Drake é um descendente de Sir Francis Drake, que por herança tem uma anel dele com coordenadas no mar que seriam de seu suposto caixão, mas é ai a parte interessante, quando ele recupera o caixão, não há um corpo ali e sim o diário de Francis Drake com o caminho para a lenda de El Dourado.
A partir daí, é uma aventura digna de Indiana Jones e Lara Croft em busca da descoberta do El Dourado, o que leva nosso herói, e seus amigos, até lugares exóticos e ter de enfrentar piratas, rivais nas buscas de tesouros, encontrar segredos e mistérios nazistas. Não vou contar mais para não estragar quem vai jogar, pois vale muito a pena.
Diversão e Imersão
A união de tudo isso, uma ótima história, uma excelente jogabilidade faz o que? O óbvio, que fiquemos loucos para jogar mais e mais, a história prende para você desvendar o caminho para o El Dourado, bem como as coisas que acontecem e todas as reviravoltas que a história dá. Aliada ao ótimo gameplay, o game te segura o tempo todo para ver o final dele, e mais, ele te dá o fator replay, pois quando você termina, você quer jogar de novo.
apesar de ter jogado por apenas 3 dias (onde eu fiz um speed-run e joguei intensivamente até o fim), numa única locação, eu gostei particularmente do jogo. Ter algo em português com um ótimo sistema de jogabilidade e uma progressão da dificuldade e do enredo é uma ajuda enorme pra nos manter preso na aventura. Só discordo do Sérgio no quesito do fator replay, já que eu não tive muita vontade de zerar de novo. É claro que se eu fosse fazê-lo seria pelos troféus, que acabam ajudando a aumentar muito o tempo de vida útil do jogo. Agora, se o jogador quer um desafio maior ele pode tentar zerar no nível mais insano de dificuldade (Crushing), onde perícia e precisão podem ser a chave pra conseguir terminar novamente o game.
Finalizando
O defeito do game para mim é o quanto ele é curto, com umas 8 horas de jogo você chega ao final. Para aqueles que tem tempo de sobra e jogam sem prestar atenção na história e detalhes, acho que conseguem terminar em até menos tempo. Pra mim que só tenho tempo de jogar nos finais de semana, umas duas horas por dia, me rendeu um mês de jogo tranquilo, e pela boa história e jogabilidade, isso passa despercebido.
Apesar de ser curto, o game vale a pena pra quem gosta de aventura e ação. Como o jogo tem localização pra português de Portugal, quem não tem tanto conhecimento em inglês pode setar no jogo essa opção e poder acompanhar o enredo melhor. O jogo também tem making-ofs pra quem gosta de saber como que foi desenvolvido. Graficamente é de cair o queixo e está entre atualmente entre os 5 melhores games que já joguei no Playstation 3. E isso não é pouco. A Sony e a Naughty Dog conseguiram criar um jogo excelente, abrindo caminho para a sua continuação que promete ser muito melhor.
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